Quase acreditei - Lúcia Costa (texto adaptado)

sexta-feira, 21 de março de 2008

 


Quase acreditei que não era nada,

ao me tratarem como nada.

Quase acreditei que não seria capaz,

quando não me chamavam,

por acharem que não era capaz.

Quase acreditei que não me perguntavam,

por acharem que eu não sabia.

Quase acreditei ser diferente entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora,

quando me deixavam de fora porque... que falta fazia?

E de quase acreditar adoeci;

busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.

Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim.

Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo e perceber que sou exactamente como os iguais que me faziam diferente.

E passei a acreditar profundamente em mim.

E tenho como dívida com a vida tentar fazer com que cada ser humano se perceba, se ame, se orgulhe de si mesmo, como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci, acreditando que sou exactamente do tamanho de todo ser humano.

E por acreditar, perdi o medo de dizer, de falar, participar, e até de cometer enganos.

E se errar?

Paciência, continuo vivendo e por isso aprendendo.

Essas palavras são dedicadas à todos aqueles que não têm medo de errar, porque só erra quem tenta, só tenta quem busca, só busca quem quer crescer.

É uma pena que algumas pessoas percam tanto tempo apontando os erros alheios e com isso não tentam, não buscam, não crescem. Ficam sempre do mesmo tamanho e no mesmo lugar!

Vale a pena acreditar nisso...

1 comentários:

Anónimo disse...

See here or here